O Teatro Tuk-Tuk é uma estrututa teatral móvel e de marcante impacto visual, que vai buscar como referências elementos históricos associados ao teatro de rua e veículos urbanos icónicos. Esteticamente, inspira-se nos brinquedos tradicionais; no universo decorativo – e utilitário - das belas latas coloridas de bolachas e chocolates; nas engenhocas e autómatas presentes nas cascatas de São João e nos presépios mecanizados. Do ponto de vista do conteúdo dramatúrgico, o teatro Tuk Tuk abriga contos da cultura oral, presentes no repertório das companhias de marionetas que atuavam nas feiras itinerantes do século XX, muito comuns em Portugal. O espetáculo “O vaqueiro que não mentia” é uma história popular portuguesa muito antiga. O investigador Teófilo Braga recolhe uma versão na ilha da Madeira e no Algarve, com o nome “Boi Cardil”. Em Coimbra, é registado como “Boi Rabil” por Adolfo Coelho. Muitas dessas versões apresentam-se em verso. No Brasil, encontramos exemplos como “Querino, o vaqueiro do rei”, “O boi Leição” ou “O Boi Leitão”, que figuram em várias coletâneas literárias. De Espanha, chega-nos “El toro Barroso”, recolhida e registada pelo professor Espinosa.
Lafontana
Ficha artística:
Encenação e Dramaturgia - Marcelo Lafontana
Pesquisa Dramatúrgica - Fátima Pereira
Apoio Literário - José Coutinhas
Interpretação - Marcelo Lafontana
Cenografia e adereços - Pedro Morim
Serralharia - Darcílio Calçada
Carpintaria - Manuel Saraiva
Criação Automatas - Timberkits UK
Modelagem 3D - Luís Duque Salazar
Linha Gráfica - Ana Prudente
Animação Multimédia - Wlamir Batista
Sistema Multimédia - Luís Grifu
Luz, Som e Maquinaria - Pedro Cardoso
Direção Musical - Eduardo Patriarca
Figurinos - Inês Eloí
Fotografia - Pedro Martins
Produção Executiva - Fátima Pereira